Outro Tempo: O Amola-Tesouras ou Amolador

Outro Tempo: O Amola-Tesouras ou Amolador

Quando um outro tempo desce sobre a cidade:

1.       O amola-tesouras que afia facas, navalhas, dá corte a machado, cinzel e escopo, arranja varetas de sombrinhas e guarda-chuvas e gateia panelas, pratos e alguidares…

2.       Um sobressalto na memória de menino. É a aldeia inteira, é o largo das brincadeiras e os amigos de marioladas de infância que vêm ao meu encontro…

3.       O som inconfundível faz-se anunciar: melodia de apito, pífaro ou gaita seguida de pregão…

4.       A melodia que no estio do Alentejo queríamos ouvir quando a secura nos chateava de forma demorada. Sabíamos que a sua melodia haveria de trazer  a chuva que fazia falta no nabal e na horta, na poço… era o homem das água para as crianças!

5.       O barulhar do ferro da faca ou tesoura no esmeril ou rebolo (também assim chamado) invadiu novamente a minha memória, deixando-me com pele de galinha!

6.       É um comerciante ambulante com contornos mágicos, é um saber-fazer, uma arte e ofício  que chega à minha porta e que teima em resistir aos ventos arrasadores da chamada modernidade!

7.       O amola-tesouras lembra-nos e convoca-nos para a necessidade de reparar objetos, utensílios e ferramentas! Pequenos gestos que também ajudam o ambiente…

 

Tão Bom! Tão Bom!




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